“O grupo seguiu as montanhas até chegar ao
deserto. Graças ao conhecimento de Mohamed sobre a área e as indicações de
Aemon, eles conseguiram avançar rapidamente por entre as dunas e em apenas 3
dias conseguiram alcançar um acampamento que ficava entre formações rochosas.
Aemon havia indicado o lugar, pois havia passado lá durante sua viagem. A
acampamento contava com várias cabanas montadas a partir das paredes de pedra,
e parecia ser protegido dos maiores perigos do deserto. O grupo trocou seus
cavalos por camelos e compraram algumas provisões para a travessia que estava
por vir.
No dia seguinte decidiram seguir viagem, mas
um homem do acampamento os avisou que uma tempestade de areia estava se
aproximando. Decidiram então esperar no acampamento até que a tempestade
passasse. Passados 4 dias, retomaram seu caminho e em poucos dias estavam no
Vale dos Ossos.
O Vale parecia calmo, apesar das histórias
sobre o lugar, até que finalmente os ossos apareceram pelo caminho. Ossos de
todos os tipos, de homens, animais e até monstros. Tantos que as vezes ficava
difícil até de continuar o caminho. Em certo ponto, Willan percebeu duas
estranhas grandes rochas no caminho e viu que não eram exatamente o que
pareciam. Quando menos esperavam foram atacados por dois escorpiões gigantes
que desciam sorrateiramente as paredes do cânion, logo depois as duas rochas se
moveram mostrando as formas de mais dois escorpiões.
O combate teve um início conturbado, mas o
grupo conseguiu se reorganizar e revidar o ataque. Aemon conjurou um poço logo
abaixo de um dos escorpiões o levando para o fundo, enquanto o grupo tratava de
eliminar os outros. Enquanto estava voando, Aemon foi alvejado por 3 arqueiros
que estavam escondidos no topo do cânion, logo desceu e se juntou aos companheiros.
Elan conjurou uma magia de ilusão sobre si, mas isso quase não o salvou, pois
um dos escorpiões o acertou em cheio e o que o grupo viu foi apenas o bardo
sendo partido em dois, mas a sorte não o abandonara e sua magia funcionou na
hora certa, fazendo aparecer à alguns centímetros de onde estava. Com alguns
ataques Mohamed conseguiu abater o primeiro escorpião e provocou os outros dois
para enfrenta-lo. Funcionou. Os escorpiões abandonaram suas presas e avançaram
contra o guerreiro. Willan aproveitou a chance para cravar algumas flechas no
artrópode, Liduras e seu leão conseguiram desferir alguns golpes também e
deixaram um deles no chão. O último em combate solo contra Mohamed não teve
muita chance. Apesar de causar alguns ferimentos no guerreiro, em pouco tempo
foi derrotado. Os arqueiros fugiram assim que perceberam que os escorpiões não
conseguiriam enfraquecer o grupo, Aemon tentou segui-los, mas eles sumiram por
entre as pedras.
Depois do ataque o grupo prosseguiu pelo vale
sem mais problemas e em poucos dias voltavam ás dunas do imenso deserto. Mais
duas semanas seguindo para o sul sob a orientação de Aemon e Mohamed, e tendo
Liduras e Willan para provê-los de bebida e alimento o grupo chegou a um belo
oásis onde se encontravam várias carroças. Logo que chegaram foram bem
recebidos, mesmo com a presença do dragono. As carroças faziam parte de uma
caravana de comércio. Colhendo informações descobriram que fazia a travessia do
deserto todo ano. Elan procurou saber sobre as lendas do deserto, entre outras
coisas, Yori procurou itens mágicos, Aemon conversou com as pessoas conhecidas.
Uma surpresa também foi descobrir que o líder da caravana era Marduk, o pai de
Mohamed, que ele não via desde que sua mãe o levara para o território imperial
há oito anos. Mohamed decidiu conversar com ele, mas Marduk não o reconheceu de
imediato. O velho guerreiro possuía várias cicatrizes pelo corpo, mas a falta
de seu braço esquerdo era de longe a mais marcante. Depois de alguns minutos de
conversa a dúvida já havia sido esclarecida, mas não houve abraços, nem pareceu
muito comovido por encontrar o filho. Talvez a rigidez da vida no deserto tenha
deixado o velho guerreiro mais ríspido. Mesmo assim ele o aconselhou sobre os
perigos que poderia encontrar na viagem e que deveria seguir para Sudoeste,
pois cortaria muito caminho até Razis. Depois disso, todos se reuniram e
compartilharam as informações adquiridas. No dia seguinte seguiram para o
Sudoeste, como Marduk havia indicado.
Quatro dias depois, durante uma noite em que
o grupo acampou para passar a noite, Mohamed percebeu que estavam sendo
observados, e havia alguém não muito distante balbuciando palavras que ele não
compreendia, logo acordou a todos, quando de repente uma magia de Sono caiu sobre eles. Com exceção de
Yori e Aemon, todos os outros caíram em sono profundo, e vários seres
humanoides de turbante invadiram o acampamento atacando ferozmente. Yori
percebeu a tempo e conseguiu se desvencilhar dos ataques, mas Aemon não os viu
e rapidamente foi esfaqueado por todos os lados. Não bastasse os ferimentos
sofridos, um poderoso veneno entrou em ação e logo reduziu sua resistência
física, o levando ao chão em poucos segundos. Os demais que haviam dormido não
tiveram chance de se defender e foram degolados à sangue frio. Imediatamente
Yori liberou uma explosão de sua fé curando à Aemon e Willan. Aemon tentou
conjurar Leque Cromático, mas as
criaturas não sentiram nada e logo o esfaquearam de novo. Willan ainda com a
garganta semiaberta, puxou seu arco e atirou em uma das criaturas, deixando 3
flechas o alvo, mas outros avançaram contra ele e acabaram como serviço. Sem
muitas opções, Yori conjura uma Restauração
sobre Aemon recuperando assim sua resistência e o trazendo de volta à ação.
Quando pôde agir, Aemon conjurou mais uma vez o Leque Cromático e dessa vez teve sucesso. Aproveitou a chance para
puxar Yori para voar com ele, procurou os outros, mas já não havia ninguém no
acampamento. Levaram todos, e o pior, a Caixa também.
Sem outra opção, Aemon levou Yori até as
terras onde vivia para se recuperarem e também procurarem ajuda. Uma noite
inteira de descanso e ambos estavam melhor. Aemon tentou convencer seus irmãos
à ajuda-lo, mas todos temiam um castigo do pai, o grande dragão Crasteron. Yori
então criou coragem e pediu que fosse conversar com o dragão, assim talvez
conseguisse uma ajuda. Mesmo com os avisos de Aemon para não arriscar a cabeça
dessa maneira, Yori estava determinado e foi a procura do dragão. Algumas horas
depois estavam em um conjunto de montanhas e vários dragões fêmeas voavam pela
região.
Ao se aproximarem uma delas pousou logo em frente os ameaçando e
xingando. Logo depois de algumas explicações ela permitiu a passagem do
aventureiros. No interior eles viram uma enorme caverna com uma entrada no
topo, por onde entrava areia o tempo todo. Lá havia um grande escorpião, pouco
maior que os que haviam enfrentado há algumas semanas. Aemon logo reconheceu
que era seu pai em uma forma alterada. O escorpião ameaçou Aemon questionando o
motivo de sua saída, mas acabou permitindo que continuasse inteiro. Yori então
contou tudo que sabia sobre a Caixa e pediu auxílio para tentar recuperá-la e
salvar seus companheiros, caso ainda estivessem vivos. A informação pareceu
agradar bastante o soberano e ele decidiu ajuda-los.
Longe dali, Mohamed e Elan acordavam
pendurados pelos pés em alguma caverna. Ambos estavam bastante feridos, e pelo
pouco que puderam ver, conseguiram discernir o corpo de Willan também
pendurado, porém um de seus braços não estava lá. Já não havia mais vida nele.
Elan procurou forças para conjurar uma magia de cura, mas o esforço rompeu o
ferimento em sua garganta e ele acabou morrendo. Mohamed se viu só. De vez e
quando alguns gnolls iam até o corpo de Willan e arrancavam um pedaço de sua
carne. Pouco tempo depois perceberam que o bardo também estava morto e então o
levaram para o lado de Willan. Mohamed adormeceu e quando acordou havia um
homem com um sobretudo preto e manchas de barro vermelho na parte que arrastava
no chão. Os inimigos que os perseguiram desde que saíram de Barsínia. O homem o
elogiou pela sua força e resistência, pois foi o único sobrevivente do ataque.
Disse também que não desejava sua morte, apenas seguia ordens de recuperar a
Caixa e devolvê-la à seu mestre. Ofereceu então uma oportunidade para que
Mohamed se juntasse à eles, vendo que seria a única maneira de sobreviver, o
guerreiro aceitou. O homem sorriu e mandou que os gnols o limpassem e o
levassem até um leito para que tivesse seus ferimentos tratados. Logo depois
uma bela mulher, que pelo símbolo que havia em sua tiara era uma sacerdotisa de
Drahakar, veio tratar-lhe, apesar de não conjurar magia alguma de cura.”
É isso aí aventureiros. Espero que tenha
esclarecido as dúvidas dos que faltaram. Em breve posto a Experiência no grupo
do Facebook.
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