No início uma grandiosa vitória contra os reis dos céus, os mortos era empilhados mais e mais a cada dia, mas a raça dos homens saiu vitoriosa por meio de força de vontade e coragem inabaláveis. Com o passar das eras grandes nomes sugiram e desapareceram, os exércitos cresceram cada vez mais, as defesas se fortificaram, as alianças se solidificaram, nunca em reino algum já conhecido fora capaz de se notar a superioridade dos homens tanto quanto em Gandara.
O primeiro grande rei, Azov Strongfist, governou em seu tempo com uma mente obstinada e um coração de ferro, protegendo seus iguais a todo custo, o que lhe rendeu eterna admiração de seu povo. Durante dois mil anos os homens foram superiores quanto ao controle territorial do reino, fronteiras foram criadas com o intuito de controlar a expansão territorial das outras raças, o que fortificou o domínio dos homens ao mesmo tempo que agravou o ressentimento daqueles que eram sujeitos as suas amarras.
Os mestres das montanhas eram obrigados a pagar tributo, tal como os mestres das florestas. Qualquer outra raça que ousasse contestar o domínio dos homens tinha seus representantes usados como exemplo.
Durante o reinado do segundo grande Rei, Shardif Longshadow, outra grande guerra tomou conta do reino. Dessa vez o inimigo também era da raça humana, os também obstinados Munrotianos, conhecidos por seu forte poder arcano. A guerra, ou melhor, a rivalidade, que dura até os dias de hoje, fez com que negocições futuras de acordos que beneficiariam ambos os reinos não se concretizassem.
O terceiro e último grande rei conhecido, Auslukh Bonecrasher, conseguiu eliminar – tamanho era seu ódio pelos Munrotianos – grande parte dos arcanos que vivam no reino, o que elevou o pensamento negativista dos Gandarianos para com os usuários da magia negra (como é considerada). Mas certos rumores surgiram, os mesmos consistiam que o rei havia encontrado uma maneira de retirar/absorver o poder dos arcanos e utiliza-lo para aumentar sua longevidade. Outros afirmavam que Bonecrasher era abençoado pelos deuses, uma vez que ele viveu por mais de 200 anos. Tais rumores dividiram a população, alguns chegavam a esconder suas crianças com aptidão arcana. Muitos desses, que não conseguiam escapar das garras do regime Gandariano, eram executados em praça pública sobre a acusação de compactuar com os Munrotianos.
Nos dias de hoje, Gandara sofre com o efeito cataclismico que aflige toda a Raisel. Os dias são mais curtos ao mesmo tempo que a noite é mais longa. Bardos cantam sobre uma sombra que se move nas Montanhas Escuras fazendo desaparecer qualquer um que ouse trilhar seus arredores. A cidade central agora encontra-se com seus grandiosos portões fechados, ocultando os afazeres da enorme população em seu interior.
As vilas tem dificuldades com as colheitas, a população sofre com a forte onda de crimes motivada pela criação de milicias que fazem sua própria justiça e espalham o sofrimento e a tirania por todos os cantos do reino. As raças, antes presas nas amarras do regime Gandariano, agora andam livres, o que aumentou a proliferação de raças mestiças (meio elfos, meio orcs, raças reptilianas, etc.).
O reino clama por um novo sucessor, novos heróis, intrépidos aventureiros dispostos a se aventurar pelas terras repletas de segredos e perigos.
