quarta-feira, 22 de junho de 2011

Goldric Holyword

Olá aventureiros. Este não é exatamente um conto, é o background de um de meus personagens, mas ficou tão extenso que achei intressante postar aqui. Espero que apreciem.

Goldric

Prólogo

Após perder o rumo de minha vida, venho aqui humildemente confessar-me e redimir-me de meus pecados. Uma vez meu pai me disse que o senhor estaria disposto a interceder por mim quando eu necessitasse, pois aqui estou eu, precisando de iluminação.


Capitulo I – A formação

“Meu nome é Goldric Celes, vivi por metade da minha vida em Hillsfarm. Meu pai se chamava Godfrey Kindheart, ele era um fazendeiro muito dedicado a sua família, muito generoso para com os outros, no entanto ele era muito habilidoso com armas, habilidade esta que me ensinou desde que eu ainda era criança. Minha mãe se chamava Amélia Celes, era uma linda mulher, meu pai dizia que era a mais bela que ela já tinha visto, e sempre atraía olhares por onde passava.”
“Meu pai sempre me ensinou que eu deveria ser bondoso e justo com as pessoas, animais e plantas. As pessoas nos dariam amor e carinho, e as plantas e animais nos dariam o sustento, por isso devíamos cuidar de todos. E assim eu cresci, ajudando quando podia, cuidando para que não acontecesse nada de errado. Vivíamos em um tipo de comunidade rural, com algumas fazendas vizinhas. eu tinha muitos amigos, e sempre saímos para fazer alguma aventura pelas redondezas. Quando eu tinha cerca de 10 anos de idade saímos para uma dessas aventuras. Éramos eu, Cradle, Andrew, Sarvo e Jenny. Cradle era um halfling, ele sabia fazer qualquer coisa, e tinha algumas invenções que até eram usadas nas fazendas como o espantalho que sempre estava se mexendo devido a um mecanismo que ele criou, nas aventuras ele sempre usava alguma delas p/ se proteger de algo; Andrew gostava muito de ler, ele sempre tinha consigo um livro de viagem, no qual registrava todas as nossas aventuras; Sarvo era enorme e muito forte e era o mais velho, assim como eu ele sabia usar armas e as usava muito bem, era de se esperar do filho de um ex-soldado; Jenny era a única garota da turma, não era muito bonita, mas era bastante divertida, ela entendia de plantas e sabia cozinhar. Éramos muito felizes dessa maneira”.
“Quando eu tinha cerca de 10 anos de idade, nós fomos à nossa primeira aventura. Seguimos pela mata por algumas horas para chegar a um rio que passava por lá. Decidimos passar o dia por lá, pescando e nos banhando e antes da noite cair voltamos para nossas casas. Por vários anos nossas aventuras foram assim, mas sempre procurávamos caminhos diferentes e muitas vezes íamos mais distante. Eu e Sarvo sempre aproveitávamos para treinar durante nossos dias no rio, aprendi vários movimentos com ele; Jenny cozinhava o que pescávamos; Andrew sempre anotava os lugares por onde passávamos, e um dia se interessou por desenhar os lugares que via, criando assim alguns mapas; Cradle estava sempre inquieto, buscava sempre desenvolver algum mecanismo para melhorar a travessia pela mata, ou facilitar a pescaria. Estávamos sempre unidos. Durante essas viagens eu sempre aprendia um pouco com meus amigos, Cradle me ensinou como saber se algo está estranho em algum lugar, tipo armadilhas, trincos, coisas desse tipo; Andrew me mostrou seus mapas e seus desenhos, ele melhorou muito ao longo dos anos; Jenny me ensinou sobre as ervas e suas atribuições. Sempre foi assim, por cerca de 5 anos.”
“Quando eu completei meus 15 anos de idade, meu pai me deu uma espada, ele disse que ela se chamava bastarda, mas era usada por cavaleiros honrados. Nesse dia mostrei aos meus amigos meu presente, todos ficaram admirados, com exceção de Sarvo, ele já possuía uma espada que seu tinha dado. Nessa época algumas criaturas haviam aparecido pelas redondezas e estavam danificando as plantações, eu e
Sarvo sempre íamos fazer a limpeza onda elas apareciam. Era muito fácil, nossas habilidades já estavam em um nível muito elevado para aquelas criaturas. O problema é que elas apareciam sempre mais e mais. Com o tempo Jenny descobriu que as criaturas viviam na mata mas nunca invadiam território povoado, pois sempre havia alimento onde estavam. Decidimos então investigar. Seguimos por uma de nossas trilhas feitas em nossas excursões, seguimos por algumas milhas até que encontramos algo perturbador. Parte do caminho estava destruído, algumas árvores foram derrubadas, haviam sinais de fogueiras e restos de comida em algumas áreas. Eu pude verificar que já havia sido a muito tempo, então decidimos continuar a busca. Durante quase o dia inteiro seguimos uma possível trilha deixada pelos intrusos, mas somente à noite que encontramos algo. Bem adiante vimos um grande grupo em um pequeno vale. Estávamos sobre uma pequena colina e pudemos ver que haviam no máximo 30 deles. Não eram homens, pareciam gnomos como Cradle, mas eram asquerosos de se olhar, pareciam mais lagartos. Mais tarde descobri que as criaturas eram conhecidas como kobolds. Andrew achou melhor que voltássemos e avisássemos a todos o que estava acontecendo, mas eu e Sarvo não concordamos, com que cara chegaríamos em casa dizendo que o problema estava sendo causado por um pequeno bando de kobolds e não fizemos nada para impedir. Cradle nos apoiou, Jenny ficou um pouco receosa, mas acabou concordando. Assim criamos um plano: Eu, Cradle e Sarvo capturaríamos os dois vigias que estavam na borda do acampamento. Com uma das invenções de Cradle conseguimos capturar um deles facilmente, quando o outro se virou para ver o que ocorria eu o nocauteei com uma pancada na cabeça. Levamos os dois para uma gruta um pouco distante e então os amarramos e depois os acordamos. Por sorte Andrew vivia estudando, pois era o único capaz de compreender o que os pequenos lagartos diziam. De início eles estavam muito ariscos, não queriam falar, mas com Sarvo os ameaçando com seu tamanho e olhar cruel eles logo começaram a falar. Disseram que estavam apenas passando pela região, queriam chegar até uma floresta próxima onde se encontrariam com o restante do bando. Depois de muitas perguntas descobrimos que era uma tribo inteira que estava migrando para o leste, mas não podiam seguir todos juntos, pois poderia representar uma ameaça para quem os visse, por isso estavam em pequenos bandos. Vendo que não estavam querendo causar problemas, decidi que os deixaria ir em paz, mas falei para Andrew os dizer que havia um grande grupo de homens procurando quem estava causando transtorno nas redondezas, e se eles os encontrassem por aqui eles certamente os matariam. Sarvo não concordou, ele queria matar todos eles, dizia que quando se unissem com o restante iriam voltar e atacar as fazendas. Eu preferia deixar que eles partissem, meu pai não havia me ensinado a usar minha arma para matar, mas para proteger. Tivemos uma pequena discussão, mas como os outros foram a favor de deixa-los ir acabamos por libertá-los. Antes do amanhecer os kobolds partiram rapidamente, como se estivessem fugindo de uma terrível maldição. Voltamos para casa e informamos o que havia ocorrido. Todos ficaram felizes, e meus pais muito orgulhosos de minha decisão, mas minha amizade com Sarvo nunca mais foi a mesma.”


Em breve estarei postando a continuação.

Spellmaster

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